quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Rotina.


Ouvia música brega,

fechava os olhos,

cantava junto

e o coração doía.

Pior que o que doía nem eram as lembranças.

Não tinha quase nenhuma.

Sentia sim, ou não sentia, já não sabia...

Uma lacuna onde cabiam todas as coisas

que ainda queria fazer para ter o que lembrar.

A história ainda tinha que ser escrita.

E assim seguiam-se os dias.

Um após o outro, após o outro, após o outro...

***** ***** *****

Foto gentilmente cedida por Gerson Rossi. (Delicadamente roubada por mim, sei lá... rsrs)



terça-feira, 10 de novembro de 2009

Idolatrada. Salve? Salve?

Exemplo de falta de cidadania é o que não falta, vemos todos os dias.

Hoje numa esquina da Av. Bady Bassitt flagrei um senhor em um carro até bacana jogando um maço de cigarros no chão. Olhei bem pra cara dele, olhei pro maço no chão e pensei como um senhor daquela idade, com filhos, netos quem sabe, que deveria ser um exemplo, é capaz de coisas desse tipo. É, ver a Bady e a Andaló inundar e arrastar carros e pessoas é uma coisa bem interessante mesmo...Legal que passa até no Jornal Nacional né? A gente vira notícia!! Olha, que orgulho!!

Tem um outro senhorzinho que todo dia de manhã pega sua vassoura e varre a frente do seu estabelecimento na Av. Cenobelino, é o barzinho com a frente mais bem cuidada que eu já vi, um primor, tudo limpinho, até aí tudo bem. Via isso todos os dias, até que certa manhã perdi a hora, estava super atrasado pro trampo e vi o desfecho da limpeza: Tudo pro bueiro, não importando o que fosse: folhas, pau, pedra, o fim do caminho, o escambal. Tudo.

Lá se foi a imagem bonita que tinha do senhorzinho e seu bar.

“Enquanto isso no Congresso Nacional”

Nossa, ali os exemplos são os mais deliciosos, mas isso não compete a mim. Pois também engrosso o roll dos alheios às falcatruas. Porém, a culpa de tantas "abstrações" é de quem?

Deles que estão com a faca e queijo na mão e com todas as possibilidades escancaradas para se dar bem ou do meu voto?

E assim vamos seguindo nossas vidas alheios e alienados. O que esperar de uma nação que tem cidadãos que não sabem votar? Claro que não estou me referindo a apertar as teclinhas da urna eletrônica, nosso orgulho nacional e sim no fato de colocar no poder quem já foi tantas e tantas vezes denunciado e mesmo assim, eleição após eleição: olha os bonitos no poder de novo.

Já que aqui no Brasil político é “profissão”, deveria haver concurso público e não eleições pra se escolher alguém pra ocupar um cargo desses. Imagina os anúncios: "Cursinho para concurso púbico para político. Venha ser um vencedor em uma das carreiras mais promissoras do mercado!!"

Mas enfim, já que não da pra consertar, dá pra pelo menos sair bonito na foto.

Vamos (quem não sabe) aprender a cantar o Hino Nacional ou apenas ouvir essa belíssima obra de Francisco Manuel da Silva e Joaquim Osório Duque Estrada.

Regrinhas. (Wikipedia)

De acordo com o Capítulo V da Lei 5.700 (01/09/1971), que trata dos símbolos nacionais, durante a execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio. Civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas corporações. Além disso, é vedada qualquer outra forma de saudação (gestual ou vocal como, por exemplo, aplausos, gritos de ordem ou manifestações ostensivas do gênero, sendo estas desrespeitosas ou não).

Segundo a Seção II da mesma lei, execuções simplesmente instrumentais devem ser tocadas sem repetição e execuções vocais devem sempre apresentar as duas partes do poema cantadas em uníssono. Portanto, em caso de execução instrumental prevista no cerimonial, não se deve acompanhar a execução cantando, deve-se manter, conforme descrito acima, silêncio.





terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ctrl - C / Ctrl - V dos Dragões

madeira. diz:

oolaaa

=)....Valmir diz:

oiee

que sodade de v..

madeira. diz:

to aqui :D

ce vai no show do DADO (Legião) no SESC?

=)....Valmir diz:

eu creio q sim.

Então, q dia é mesmo?

madeira. diz:

dia 11

=)....Valmir diz:

humm

provável q sim..

madeira. diz:

te contei que vou morrer?

=)....Valmir diz:

não.. qdo?

madeira. diz:

to com uma leve dor no estômago que não passa jamais...

algo parado na boca do estômago... há dias...

=)....Valmir diz:

avisa antes pra não me pegar de surpresa e eu ter tempo de comprar óculos escuros novos..

madeira. diz:

conhece alguém do HB?

pede pra te atualizarem dos pacientes terminais a cada dia.

=)....Valmir diz:

Aah, boa idéia!!!

madeira. diz:

e olha só

deixo pra vc minhas duas caixas de lápis de cor de 48 cores...

=)....Valmir diz:

Oba!!! ta terminal mesmo né?

pq aí eu espero..nem compro..

madeira. diz:

ai! já avisei todo mundo.. só faltava eu sarar..

=)....Valmir diz:

aff

num vai dar uma dessas né?

palavra é palavra..

madeira. diz:

faz assim.. dexa só eu tomar esse chazim de boldo aqui.. se eu ver que vou desfalecer, eu volto aqui e digo: CORRE PRA ÓTICA SANTA LUZIA!!

se eu não voltar, é pq o chá fez efeito, tomei um banho e fui pra academia, pq ou bem morto, ou bem sarado..!!!

=)....Valmir diz:

put. vou acender uma velinha aqui... tenho fé que vou ganhar as caixas de lápis..

madeira. diz:

me vou

se cuidaaa

BJO, ME LIGA!

=)....Valmir diz:

aff

madeira. diz:

??

...

domingo, 25 de outubro de 2009

FEM

Paulo Monarco

Na noite de sábado apresentaram-se os 16 finalistas do 5º FEM - Festival de Música de São José do Rio Preto.

Com certeza foi uma experiência que não somente eu, mas os participantes, a platéia e a organização não esquecerão.

Eu confesso que não tinha como torcer pra ninguém, a cada apresentação me surpreendia e ficava sem saber de quem tinha gostado mais, fosse pelas performances, pelas letras ou pelos arranjos...

Porém, alguém tinha que levar o prêmio e os grandes vencedores do FEM deste ano foram Sandro Dornelles e Paulo Monarco, da cidade de Cuiabá (MT), com a canção “Malabares com Farinha”, com cachê de R$ 6 mil

A segunda colocação ficou com Elio Camalle e Rafael Altério, de Santo André, com a música "Amador". O cachê foi de R$ 4 mil.

O terceiro colocado foi para Zebeto Corrêa e Paulinho Andrade, de Belo Horizonte (MG), com a composição “Quase Feliz”. Eles receberam R$ 2,5 mil.

O compositor Zé Alexandre, da cidade de Poços de Caldas (MG) e os músicos e compositores Rodrigo Londero e Gustavo Dall’Acqua, de São Paulo, foram os vencedores nas categorias melhor letra e melhor intérprete, respectivamente, com as canções “Bons Tempos” e “Pela Rua de Nuvens e Linhas”. O prêmio foi de 1 mil para cada categoria.

Além dos cachês, destinados aos três primeiros colocados, a Secretaria Municipal de Cultura destinou um prêmio especial para músico ou compositor de São José do Rio Preto, com melhor colocação no festival.

Amanda Barros e Luciane Lopes e André Fernandes dividiram o cachê R$ 4 mil com as canções “Indizível” e “Zé Maria”, respectivamente.

******

Segue aí, umas fotos que fiz das apresentações dos finalistas e do show que a cantora Luiza Possifez no encerramento.


Este post teve a colaboração especialíssima de Mayla Pinheiro. (coisa mais linda!!)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Lançamento


E eis que tá chegando o grande dia.
Depois de tantos apuros, alegrias e de tudo que se possa imaginar...
Tá aí... prontinho.
Parabéns Bia pela realização de seu sonho e a todos que deram um pouquinho de si e acreditaram neste projeto e que seria possível torna-lo real.


domingo, 18 de outubro de 2009

Sobre plumas sintéticas.


Diz que você ainda estava aqui.

E eu pegava na sua mão e andávamos pelas calçadas.

E me olhava daquele jeito repressor que me educava.

E eu era feliz por saber que você me esperava.

E o seu “sim” me dava força pra ir e seu “se” me confundia.

Diz que eu não tinha nada que me impedisse de te seguir.

Diz que os dias começavam porque você acordava

e terminavam porque você adormecia.

Diz que um dia o dia nasceria de novo.

Diz que eu era feliz.

Diz que você vivia

e eu também.

*****

Foto sem comentários do Gerson Rossi .


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Domingo eletrônico

Um prato de comida, um banho relaxante e berço. Isso era tudo que minha carcaça empoeirada, faminta e desprovida de forças, mas ainda com vida, precisava depois da seção de fotos na rave que rolou nesse domingo aqui em Rio Preto.

O sol ajudou (ajudou?). Nossa! Filtro fator 50 pra não voltar um peru da empreitada. Muita água pra hidratar e de vez em quando, uma fuga pra debaixo das mangueiras, que era o refúgio pra quem queria descansar nos braços de Morfeu ou apenas fugir do solão que fritava os corpinhos saltitantes, jovens, doces, coloridos e alguns alheios e entorpecidos. (Meu reino pra ser capaz de enxergar o que eles estavam vendo.)

Drads, tatuagens, excentricidades e peculiaridades mil ilustravam uma concentração de indivíduos tão diferentes e contraditoriamente tão iguais na busca pela individualidade visual. Nunca a música "Na Massa" do Arnaldo Antunes fez tanto sentido pra mim.

Um tum-tum constante com infindas nuances de sons hipnotizantes não deixava ninguém parado, mesmo lá debaixo das mangueiras, onde originalmente se ia pra descansar, pelo menos o pezinho ficava chacoalhando no ritmo das batidas.

Pra sede tinha cerveja, água e refri. Pra dar energia tinha açaí. Pra divertir tinha guloseimas infantis e pra matar a fome, não tinha nada. Eu pelo menos, não. Meu bolinho do Walmart não passou na revista e ficou na portaria. Tentamos argumentar em vão uma devolução com o segurança e até prometemos amaldiçoa-lo em nossas orações, contudo saímos com fome.

Na volta pra casa viemos ouvindo samba-rock, porque a diversidade cultural faz bem pro coração.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O dia que nasceu na hora errada.


O sol nasceu mais cedo aquele dia. Um dia totalmente estranho e diferente dos outros.
Delicado, claro e viril.
Deixei-me envolver pelos encantos daquela claridade nova e atraente, com todos os sabores, nuances e fragilidades que até então desconhecia. Os raios de sol daquela manhã aqueciam meu coração e faziam-me sentir confortável, acolhido e querido.
O dia que nasceu antes da hora tinha, claro, suas mutações. Era frágil, vulnerável e apesar da força com que vinha se desenvolvendo, definhou, minguou e logo perdeu totalmente seu esplendor.
Eu que estava totalmente impregnado por aquele calor, mergulhei numa imensidão sem luz. Uma "tristezazinha" esfriou meu peito e me deixou sem vontade de ver outros dias nascerem, mas como isso não é algo que se pode controlar, um outro dia nasceu. Dessa vez, no horário que deveria nascer e a normalidade das coisas me confortou. Ainda há resquícios daquele dia torpe, mas somente como uma boa lembrança, como um dia que passou.

*****
Lindíssima foto gentilmente cedida por Gianda de Oliveira.
Segue abaixo o link com outras fotos.



Obrigado Gianda. Beijão!!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Meu Niver.


Não acredito que já tenho tudo isso de idade!! Caramba! "36"... É muita idade pra quem ainda se sente uma criança. Pra mim é bastante, pra outros, nem tanto, mas o importante é que tô aqui, vivendo! E vivendo com todos vocês, nessa mesma época neste mesmo planeta.
Que sorte a minha. Ter ao redor pessoas que amo tanto. (algumas não tão ao redor assim.) Creio porém, que cada um tem o Valmir que merece... Tá. Tem alguns que mereciam mais, mas a vida é assim. Eu também quero muito mais de muita gente e o que me cabe é uma lasquinha de unha... (To falando de atenção, tempo vivido junto...)
Enfim, neste dia que é um misto de euforia e apreensão perante um futuro que a Deus pertence e a uma liberdade à qual estou condenado, só posso dizer: que venham mais e mais anos com saúde, oportunidades e juízo na cabeça, porque se o que é meu tá guardado eu quero em um pacote, com um laço bem bonito.

****

Este texto é do ano passado, mas como é inédito aqui no blog, achei bacana postá-lo. (só corrigi a idade. srsr)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Sutura



A noite pareceu não ter fim, mas Helena conseguiu transpô-la. Tirou forças não soube de onde pra conseguir se levantar da cama e enfiar os pés nas Hawaianas rosa. Seu rosto desfigurado pelo flagelo noturno se resumia a duas olheiras gigantescas e indisfarçáveis.
Tinha que tomar um banho e se preparar pra mais um dia de trabalho na escola. Instantaneamente lhe veio a sala na qual daria aula e o rosto de Heitor, o aluno mais problemático da escola lhe sorria cinicamente.
Definitivamente se tudo que quisesse não fosse sair daquela cama onde passara as horas mais intermináveis de sua vida, preferiria se enfiar novamente nos lençóis e esperar quietinha por socorro.
O martírio da noite não tinha sido em vão, isso a consolava. Pensara e repensara em tudo o que ouvira e passara na noite anterior e nos últimos 2 anos, 5 meses e 3 dias. Agora sabia exatamente o que fazer diante da situação.
Sentou-se afundada no sofá com as pernas entreabertas e acendeu um Marlboro. Pensou mais um pouco, ficou olhando a fumacinha que subia, olhou pela janela e viu o dia ganhando força, tomou essa força para si e num gesto lento e solene estendeu o braço, alcançando o telefone e discou.
Do outro lado uma voz já conhecida atendeu rouca e sonolenta.
Helena apenas disse: Pode fazer!
O silêncio reinou por alguns segundos e então ela desligou.
Em seu banho matutino, limpou-se de todo rancor, mágoa e ressentimento que a instantes atrás eram como camadas e camadas de fel lhe cobrindo o corpo. Menstruou também todo o verde amargo de suas veias.
Sentia-se agora pura, limpa, vazia de tudo que a afligia e estava em paz consigo e com o mundo.
Nada. Nem Heitor, nem ninguém seriam capazes de lhe tirar a candura e o singelo sorriso dos lábios.
Secou-se demoradamente. Refletida no espelho do banheiro por entre os vapores do banho e mesmo com as "gigantescas e indisfarçáveis", se viu mais bonita e mais preparada para a vida.
Voltou para o quarto e enquanto se vestia olhou para a cama onde Rodolfo dormia tranquilo.
Sem ressentimentos, ao sair beijou demoradamente seus lábios com peculiar doçura. Disse baixinho em seu ouvido: Até logo amor!
E se dirigiu ao outro quanto onde alheio ao mundo dormia Pedro Otávio, seu filho. O abençoou com um beijo e foi pra escola.
No intervalo da aula, Neide, a babá de Pedro chama pelo celular: Dona Helena, vieram aqui e prenderam o Seu Rodolfo. Eu não entendi nada, foram entra...
Eu sei.
Interrompeu Helena. Ele não paga a pensão do Pedrinho.
E eu criei vergonha na cara.
Pensou.
******
A ilustração aí de cima é minha também... há que se dar os créditos...srsrs

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Les Triplettes de Belleville


As Bicicletas de Belleville (Les Triplettes de Belleville) , dirigido por Sylvain Chomet é um filme que esteve em cartaz no Brasil em meados de 2003, mas como não é comercial, só rodou mais em telas alternativas. Se trata de uma animação que vi já faz algum tempo, mas como não se vive somente de novidades e sim de coisas que valham a pena , acredito que seja merecedor de divulgação.
O filme não tem muitos diálogos, mas nem por isso é parado. Conta as história de Madame Souza, um aportuguesa que cria o neto, um garotinho triste e solitário que a avó descobre ter um gosto especial por bicicletas. Durante o Tour de France, uma tradicional corrida francesa de bicicletas, Champion é sequestrado.
É interessante ver a forma como a corrida é prestigiada pela população, tudo regado a muita comida e sedentarismo.
Os personagens são bem caricatas, em sua maioria gordos, fazendo referência ao consumismo. Até uma suposta estátua da liberdade é obesa.
As duas cidades onde ocorrem a trama são Belleville, que remete à Paris e uma outra ”americana” à Nova York, porém, muito diferentes por conta do traço e a proposta do diretor. Há também umas tomadas aéreas urbanas incríveis, devido à complexidade.
O filme mistura técnicas de animação como os antigos desenhos de Walt Disney com animação gráfica, porém de forma sutil. As cenas possuem bastante detalhes poluindo um pouco, mas nada que desmereça a obra.
Um show à parte são as Trigêmeas de Belleville, cantoras de cabaré dos anos 30, que ajudam Madame Souza e o cachorro Bruno a resgatar Champion de sequestradores.
Enfim, quem curte desenho animado deve procurar ver.
Uma cena em especial que gosto muito é a pescaria de uma das gêmeas. Cômico demais.
A trilha sonora é maravilhosa!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Paciência - Uma Virtude

Calor...
Uma tiazinha de sombrinha caminha suada rente a um muro branco que irrita meus olhos e deslizando pela sobrancelha, uma gota salgada vai fazer com que eles ardam mais um pouco.
Se tivesse como atentar, poderia sentir outras rolando também por outras partes do meu corpo.
Giletes na garganta denunciam a falta d’agua...
Sol quente...sem vento. O combinado era às 15h. Poeira...
O céu num azul que faria suspirar qualquer brigadeiro não via flutuar nem uma nuvem se quer.
Nossa!!! 15h 5. Cadê esse infeliz?
A ira que sinto me faria destroçar o delinquente “filhadaputa” que quebrou a arvorezinha que alguns anos mais tarde faria sombra aqui onde eu estou torrando e vendo só esse toco seco enfiado no chão.
Meu, cadê esse cara? Será que o lugar era esse mesmo? Aaaai, uma coquinha agora!!
Impaciência. Tédio. Dor... Tudo arde. O suor coça.
15h 8m.
Chora, me liga, implora meu beijo de novo...”
“Alô.”
“Oooooh rapaz, Tudo bem?”
“Bão e você?”
“Já ta aee?”
“Já sim”
“Ta aí faz tempo?”
“Cara, uma meia hora já...”
“Meu, cê nem sabe... Não vai dar pra eu ir. Não deu par ficar pronto seu barato.”
*** ***
A foto foi uma gentileza de Anuska Nardelli, já conhecida aqui do blog. Brigadão!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

"Alheiidades"


Estava ali. Esperando o farol abrir naquele entardecer úmido e quente.
Chuvinha caindo e o calor reinando. Não sei porquê, me chamou a atenção aquela janela.
Uma realidade totalmente fora da minha e de meu cotidiano se escancarava ali na minha frente. Vidas ali dentro seguiam seus cursos alheias a quem estava na rua.
O sinal abriu e enquanto via a chuva caindo sobre o parabrisa, tentava imaginar as histórias que guardava aquela casa, como seria cada cômodo, o que escondiam as cortinas e quais mistérios guardavam cada um dos cantos da casa. A que histórias remetiam as fotos, os quadros, os móveis e cada bibelô...
Me perdi em pensamentos que me fizeram literalmente chegar em casa por instinto.
Enquanto estacionava, olhei pra minha casa e a vi como um simulacro, um cenário de particularidades, segredos, aromas, vergonhas, alegrias, solidões e tudo mais contido em qualquer outra casa, mas tudo agora, de uma forma singular.
Me toquei sobre minha curiosidade em relação à vida das outras pessoas; do valor que dou às “alheiidades” (relacionei isso ao sucesso do Big Brother) e me espantei com a multiplicidade dos acontecimentos - tudo acontecendo ao mesmo tempo e sem parar.
Claro que entrei e tranquei a porta...

E as cortinas? Lógico. Fechei.
Só fui abrir mais tarde, quando um barulho no vizinho me chamou a atenção.
***
Foto gentilmente cedida por Gerson Rossi, ele faz fotos lindas e sempre me "salva" srsrs.
Gerson, Brigadão!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Vagabundagem?

Nossa, esse mês de agosto foi punk. Trabalhos de facul, Fórum de P. P., Free lance...

Minha mãe ta querendo me matar. Tô adiando minha visita já há ... ixi, nem sei quanto tempo. Mas calma, uma hora chega a hora.

E pior que setembro não será muito diferente, mas enfim, vamos ver o que acontece.

E esse blog então? O judiação! Só cinco postagens este mês. Onde já se viu?

Bom , mas logo aparece coisa nova. Tô trabalhando nisso.

Aaah! O site "Muito", aqui da cidade colocou esse meu espaço virtual numa relação de blogs de pessoas aqui de Rio Preto. Alguns eu já conhecia muito bem e outros, já to virando fã.

Não sei como meu link foi parar lá, nem o porquê, mas adorei e fiquei lisonjeado!

Segue ai abaixo o link do Portal.


http://www.muito.com.br/sjriopreto/

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

1° Fórum de Publicidade e Propaganda - UNILAGO

Nos dia 24, 25 e 26 de Agosto, a UNILAGO – União das Faculdades dos Grandes Lagos realizará o evento tão esperado pela Coordenação de Comunicação e pelos alunos: 1º Fórum de Publicidade.
A proposta é a discussão do mercado publicitário regional por profissionais e empresários da comunicação, com o objetivo de incentivar os estudantes, bem como apresentar-lhes o funcionamento do mercado e os problemas que o setor enfrenta.

Somos ou não somos um mercado em expansão para a propaganda?
Será que temos potencial para crescermos ainda mais?
O consumidor, de fato está mais exigente e presta mais atenção na publicidade regional?
Todas essas perguntas serão respondidas e comentadas por grandes nomes de agências de publicidade e veículos de comunicação.

Segue a agenda:

Dia 24 – Criação

Sérgio Cipulo – Cia. Interativa
Márcio Vidotti – Múltipla

Dia 25 – Mídia

João Queirós - Jornal Bom Dia
Zé Antônio - Band FM
Luis Otávio de Falco Filho – Rádio Nativa FM
Cristina Barufi – Rede Record de Televisão
Rosana Polachine – Grupo Diário de Comunicação

Dia 26 – Mercado

Alessandro Bossan – Cia. Interativa
Beto Mansano – Lumière
Jorge Scander – Scan América

*alguns nomes poderão ser incluídos posteriomente.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Almas Gêmeas


Até hoje, ele foi o cara mais bonito e supostamente o mais interessante que Emilia viu com seus olhinhos ávidos e pequenos. Sentadinha como estava no ponto de ônibus na rua de cima da faculdade, ficou imaginando que posição seria a melhor para ser notada por aquele intrigante ser que vinha a passos largos, olhando a movimentação da rua. Cruzou as pernas, descruzou, levantou, arrumou a saia, foi até o outro lado do ponto de ônibus pra ter mais campo de visão. Não tinha tempo pra passar um batom, então acreditou na beleza natural e fez uma cara que acreditava ser amistosa misturada com um ar de inteligente. (pra balancear as coisas).
E lá vinha o cara todo, todo. Imaginou alguns diálogos e em como impressiona-lo quando ele parasse para conversar. Sabia que era o homem da sua vida, sua alma gêmea e que suas vidas já estavam ligadas. Ele veio vindo, veio vindo, chegou e passou!
Como assim? Nem olhou pra cara de Emília. Que de amistosa com ar de inteligente passou pra indignada com ar de frustrada, mas como sentiu vergonha de si, disfarçou com um “Q” de “tô nem aí”. Mas no fundo doeu.
Ficou ali parada com cara de paisagem, a ver o homem da sua vida ir pela calçada a fora, sem nem sequer notar sua presença no mundo. Pior é que não tinha volta, ela já tinha entendido há instantes atrás o sentido maior de sua vida: dedica-la àquele homem, que nem se quer lhe dera graça...
Indignada se dispôs a segui-lo. Saiu em passos curtos, porem rápidos atrás do jovem rapaz. Viu quando atravessou a rua e dobrou a esquina em direção ao centro da cidade. Deu um piquezinho até ficar a apenas alguns metros do distinto.
O rapaz percebeu seu cadarço desamarrado e se abaixou. Ela disfarçou um olhar pela vitrine e esperou o tempo do laço. Continuaram a caminhada. Para onde, ela desconhecia, mas não importava. Queria uma chance de ser notada pelo rapaz que seguia seu caminho.
Caminharam mais algumas quadras, então o rapaz entrou numa sorveteria. Encostou no balcão e a atendente se aproximou. Emilia encostou do lado. Suas mãos suavam e como nem sabia o que estava fazendo ali, ficou olhando pra tabela de sabores na parede em frente.
A atendente perguntou o que ia ser e ele prontamente escolheu uma casquinha de chocolate suíço. Emília soltou: Meu preferido! Sorriu pro rapaz, que lhe dadivou, retribuindo com outro que mostrava todos os dentes. Isso causou tremor em Emília que respirou e pediu um do mesmo sabor.
Ficou perturbada na busca desesperada por um assunto, quando percebeu que ele já não estava mais ali do lado, tinha deixado uma moeda e já estava na rua. Quando a garota veio com seu sorvete, Emília já estava na porta olhando pra que lado ele havia ido. Ia abandonando o sorvete, quando a atendente a chamou e perguntou se o celular sobre o balcão era seu. Agarrou o aparelho e saiu correndo pra calçada. Correu, correu e o avistou dobrando outra esquina. Quase planou com a velocidade que atingiu na corrida.
Ao chegar à esquina o viu subindo num ônibus que saiu veloz...
Sentindo um misto de frustração, ódio, pena de si e dor nas pernas, fez cara de “mas que merda!”. Levantou os braços, os soltou sob as pernas e fez bufa com a boca, manifestando sua desolação.
Voltou cabisbaixa, se sentindo a personagem da música “A Formula do Amor” do Kid Abelha. Repassou tudo o que fez, e se sentiu a mais tola das criaturas da face da terra. Com vergonha de si, tentou fazer cara de “tô nem aí, com desdém disfarçado” mas só conseguiu fazer “cara de tonta” mesmo. Pois era assim que estava se sentindo. Veio se lastimando o caminho de volta, até chegar ao ponto de ônibus, onde estava no início de tudo. Sentou no banco do ponto do lotação com ombros pra frente, pés separados e joelhos juntos.
Começou a chuviscar e um cachorro da rua que tinha um sorriso simpático, veio ao seu lado pra se abrigar da chuva que começava a engrossar. Olhou pra ele e disse: Cê também se sente uma bosta às vezes?
Ele botou a língua pra fora, fez movimentos com a boca e voltou a sorrir olhando a chuva que caia e tentava entender com sua cabecinha limitada o que estava acontecendo com o mundo e de onde vinha aquela água.
Emilia então sentiu algo estranho acontecendo. Uma música começou a tocar. Era “Seu Nome” do Vander Lee, não entendia de onde vinha, até que por um estalo, lembrou do celular do rapaz fujão. Seu coração foi envolvido por um calor vermelho e laranja que a fez se sentir leve, com tanta esperança que se derramou sobre seu corpo.
Enquanto olhava o aparelho que cantava desesperado aquela canção, se preparou para atender o chamado. Tinha certeza de que sua vida estaria mudada a partir de então. Que não mais seria avulsa e que o homem de sua vida estava ali do outro lado da chamada, alheio a todo um futuro que o esperava ao lado dela.
Um estrondoso trovão fez tremer o chão. Olhou pra cima e se encolheu num ensaio de proteção. Respirou fundo e disse com voz doce e uma cara de “agora vai!”:
"Alô!"
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A ilusração foi gentilmente cedida por Orlandeli.
Valeu rapaz, é uma honra ter uma obra sua aqui no meu blog. Obrigadão mesmo !!!
Segue abaixo alguns link para vocês apreciarem mais alguns trabalhos dele:
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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A Caminho do Céu II

Madrugada fria de sábado pra domingo. Últimas captações de imagens para o curta A Caminho do Céu de Bia Lelles, no sítio da família do Hunfrey.

Uma vaca mocha, malhada, mascando chicletes, nos da as “boas vindas”, sentada/deitada (sei lá) debaixo da figueira, logo após o mata-burro e pouco antes da milionésima oitava porteira.
A noite sem nuvens, porém muito escura, pediu uma fogueira pra iluminar e esquentar os corpinhos desprovidos de agasalho.
Jimmy Handrix e Janis Joplin criaram um ambiente descontraído.
Uma lua gigante subiu em meio às jabuticabeiras, mas ainda não conseguia iluminar o encerado estendido no pasto, ao redor do qual, tudo acontecia.
Aviso aos navegantes: Nunca compre velas de 1,99!!
Ter que tirar os pavios e colocar outros melhores. Acredite, é serviço de preso.
Enfim, a rotina foi essa:
Coca cola, guaraná, banana, pão com presunto e queijo...
Cata gravetos aqui, joga na fogueira.
Pisa no cocô de vaca.
Regaça a perna no capim.
Janis Joplin...
Da-lhe rolinhos no cabelo da Karen.
Fotos.
Gravetos, galhos ... tudo pra fogueira.
Banana.
Monta grua. Monta equipamento de iluminação.
“Tem uma luz branca lá...que que é aquilo?” olha o Hunfrey querendo fazer medo no povo!!
Galhos secos de jabuticabeira...pro fogo!
Jimmy Handrix
Velas. A saga continua. Tira pavio que não presta, coloca novo... É meu filho, era um monte... num tinha fim !!!
Coca cola.
Alimentar fogueira. Dessa vez, achamos uma árvore inteira.
Vamos brincar de jogar o Cabelo no fogo?
Regaça mais a perna em qualquer coisa que não dá pra ver porque ta escuro.
Pisa em mais cocô de vaca.

Vamo lá? gravando!

Muda a atmosfera. Muda ambiente.
A fogueira se vê minguando, minguando até virar um pontinho vermelho no meio do breu.
O frio aumenta, as emoções também.
Marcondelli captando as nuances.
Dor em uns, ansiedade em outros.
Tudo acontecendo e Rafa de costas, contempla o canavial...
Valquiria vira claqueteira.
Sangue de Eloisa com biscoito vira paixão nacional.
Chupa cabra vira “Chupa Cana.”
Amarra Karen. Cobre, descobre. Cobre, descobre.
Pausa para um pips. Não! Para! Mesmo no meio do mato elas vão em duas!!! Que mistério é esse?
Hunfrey com tatoo em interpretação que dá “rupeio”
Cobre Karen, descobre. Cobre.
Cadê o martelo? Cadê o fone de ouvido do Macaco?
Cobre, descobre.
Som de baile funk lá loooonge.
Bia. Não sei se tensa, contente, cansada... Ou num turbilhão de sensações, incorporada em uma coisa só: Diretora.

Fim das filmagens da madrugada. O desejo de quase todos é um banho quente, um copinho de leite com chocolate e cama. Devido ao cansaço muitos ficaram só com a cama mesmo e o resto que se phoda!
No caminho de volta, a vaca mocha com seu chicletes interminável ainda estava lá... mas descobriu-se na verdade, que depois que passamos saiu voando, "linda", com suas asas de borboleta, sem os membros, pois não os tinha e exibindo sua barriga “malhada”.

Foto "gentilmente roubada" de Patricia Fernandes. E nem to com vergonha porque consegui carregar!! rsrs

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Agora é Lei

O Governo de São Paulo lançou a campanha Lei Antifumo, que foi produzida pela agência Lua Branca, onde esclareceu a população e mostrou a insatisfação de quem trabalha e frequenta lugares fechados onde há fumantes. A nova lei gerou muita polêmica, mas “graçasadeus” proíbe o fumo de cigarros e derivados de tabaco em ambientes fechados de uso coletivo (leia-se “fechados” até lugares sem paredes, apenas com toldo ou teto em cima) em todo o estado de São Paulo.
Segundo a campanha, 94% da população e 81% dos funcionários de bares, hotéis e restaurantes concordam com a proibição ao fumo em ambientes coletivos e fechados.

A CCT – Aliança de Controle do Tabagismo tem um site com informações sobre onde e como funciona a nova lei.
Passo a passo para deixar de fumar ! http://www.inca.gov.br/tabagismo/folder/index.html

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Fuga



Sentia um vento forte lhe lamber o copo. Abriu os olhos, mas não via muita coisa, tinha muita lágrima atrapalhando. Mesmo assim, achou bonito o que viu: um breu rebuscado de um brilho colorido num movimento uniforme, que o iluminava por alguns instantes e se apagava em seguida.
Tinha uma ferida no coração que latejava como nunca em toda sua vida latejara antes, estava imóvel e sentia–a concentrado. Vinha dilacerando tudo e se afastava um pouco e lá se vinha de novo, num vai e vem que se repetia e repetia.
Conseguiu destravar o pescoço e olhou pra baixo. As luzes passavam frenéticas e por vezes o vento era maior e seu chão tremia.
Não tinha mais certeza de nada. A ferida latejava, seu corpo não respondia a qualquer estímulo que tentasse fazer no sentido de sair dali e qualquer outro pensamento era bloqueado pela dor pungente. Mas tinha certeza que um estímulo seria obedecido e que seria o fim de todo o flagelo.
Inclinou o corpo para frente e mergulhou no vazio da noite.
Isso o fez sentir que estaria livre da chaga que ardia. Com o feito, a dor realmente desapareceu e nesse momento de alivio sentia o vento da queda envolver seu corpo. Relaxou e conseguiu novamente raciocinar um pouco.
O zumbido do vento no ouvido era como música, se sentia leve. Lembrou então, da ferida como algo distante, passado há muito tempo e de longe viu outras feridas, mas que não eram a sua..
Algumas eram muito, muito grandes e seu latejar era mais frenético e avassalador, outras menores e outras iguais a que tinha.
Comparou com a sua e nesse momento entorpecido pelo alívio não conseguiu sentir nada. Entrou num vácuo de sensações que o limitou a só se perceber em meio a milhões de chagas alheias.
Quando sua mandíbula atingiu o chão e seu corpo acompanhou o movimento num estranho balé. Foi como nada. Ainda estava no vácuo das sensações.
Seu coração parou de bater não por causa da dor que outrora sentia, nem por ser atingido por alguns carros que passavam sob o viaduto ou qualquer coisa que tenha sentido até então.
Quando o vácuo se desfez e sua razão se fez presente, sua vida se esvaiu de vergonha.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A Caminho do Céu

Ipiguá, uma pitoresca cidade nos arredores de Rio Preto, onde facinho, facinho se vê revoadas de maritacas verdes no céu de inverno, tranqüilos cachorros zanzando daqui e dali, crianças andando de bicicleta e brincando na praça da igreja, pessoas indo pra missa ao entardecer, uns caras vestidos com camisetas pretas carregando cabos, três tabelas e câmeras de um lado pro outro...
?!?!?!?!?
É isso aí! Ipiguá foi invadida e está sendo agitada há dois finais de semanas com as gravações do curta A Caminho do Céu. O roteiro é de Bia Lelles, que também está estreando na direção do filme e colocando todo mundo pra trabalhar.
Nessa levada, lá se foram dois finais de semana de árduo trabalho, muito frio e aprendizagem, pois para a maioria, essa é a primeira experiência em um set de filmagem, meu caso por exemplo.
Alguns já trabalharam em outras produções e isso só nos enriquece. Aprendemos com nossos erros e com o acerto dos outros.
Mas muita água já rolou pra esse curta siar do papel. Já vendemos rifa, escondidinho de mandioca na festa junina da Unilago, a Bia conseguiu alguns patrocinadores, poucos, diga-se de passagem, mas não por falta de empenho e sim de interesse e apoio à Sétima Arte mesmo. A prefeitura e a paróquia de Ipiguá também estão dando uma força, aliás, o pessoal de Ipiguá tem sido muito receptivo, estão sempre interessados e ajudando na figuração.
O aprendizado, o companheirismo, a sinergia, o convívio com o Leandro Marcondelli e com o Hunfrey tem nos elevado muito e o fato de querermos “ver a coisa acontecer”, nos move e faz com que cada um dê o melhor de si.
Fazer parte de tudo isso, tem sido algo incrível e nos faz não querer que isso acabe nunca. O filme sim, claro!!! srsr estamos loucos pra ver o resultado final, mas que depois deste venham outros e outros projetos.

Abaixo vai o link do blog do filme onde há mais informações, fotos e impressões do pessoal da produção e principalmente da Bia. A foto acima é de Flávia Carvalho.



quarta-feira, 8 de julho de 2009

À la Paulo Gaudêncio.

“Felicidade é chupar jabuticaba no pé.”
Felicidade também é fazer um brinde à amizade com um delicioso vinho com amigos e esse brinde ser a coisa mais verdadeira do mundo.
Brincar com seu cachorro e deixar ele morder a babar na sua mão toda.
Saber que você faz a diferença no trabalho.
Que a coisa anda porque você faz bem a sua parte.
Comer o “melhor pastel da cidade” com molhinho de pimenta e vinagrete na feira, domingo de manhã.
Se matar de rir no msn com um amigo, num horário que você não poderia estar teclando de jeito nenhum.
Ver uma cena de filme e pensar: Que lindo! Como nunca pensei nisso antes?
E se debulhar em choro compulsivo.
Sentir arder o nariz quando alguém diz que está morrendo de saudade de você e perceber que o que você mais queria nessa hora, era lhe dar um abraço de estralar costelas.
Colinho de mãe, mesmo depois de adulto. Aliás, tem um sabor todo especial...
Cerveja gelada que desce redondo, independentemente da marca, na mesinha amarela de lata, numa tarde quente, onde você deseja com toda força estar no litoral.
Estar no litoral.
Reconciliação. Quando você ainda está morrendo de ódio, mas querer estar perto é mais forte.
Beijo na boca, com alguém que beija de uma forma que as bocas se encaixam e há um sincronismo que não tem como explicar. Só beijando...
Olhar pra trás e pensar: Valeu a pena!
Sair de um show, com zumbido no ouvido, rouco e com dor nas pernas.
Receber aquela ligação.
Andar de mãos dadas.
Nadar.
Assoprar dente de leão ao vento.
Cantar mesmo que no “seu inglês”, com xampu na mão e um moicano feito de espuma na cabeça.
Dançar na frente do espelho.
Esse estado de espírito não dá pra ter toda hora,
Mas ter a capacidade de desfruta-lo com toda intensidade que ele merece,
Já é meio caminho andado pra ter um dia bom.
E se conseguirmos, a pesar de tudo: da correria, do caos, e do estresse ao qual somos submetidos todos os dias
E da força com que tudo conspira pra nos deixar mal,
Percebermos, que dádiva incrível e inimaginável é estarmos vivos
E como somos seres de sorte por isso.
Pois dentre tantas outras centenas e milhares de possibilidades
de em nosso lugar estar outra pessoa... mas não.
Quem está aqui sou eu, é você, somos nós.
Se compreendermos isso e que não precisamos de muito mais do que temos.
Já seremos pessoas melhores e quiçá: “felizes”.

Foto gentilmente cedida por Anuska Nardelli.
Já acompanho seu trabalho há algum tempo e tô sempre namorando suas fotos pra usar aqui no meu blog.
Brigadão Anuska!


Segue aí, um pouco mais dela: http://www.anuskanardelli.com/

terça-feira, 30 de junho de 2009

Campanha do Agasalho 2009.


OoOooOOooow e aee gente?
Se quando ficamos passando frio a noite por preguiça de pegar cobertor já é ruim, imagina pra quem não tem o que pegar... O frio doi.
Procurem qualquer posto de arrecadação.
Você faz uma limpa no guarda roupa e ainda ajuda alguém...

terça-feira, 23 de junho de 2009

Vivo Feliz





Samba com um toque eletrônico. Assim é este CD, que não é novo, é de 2003, mas como esse blog não vive de novidades do mercado e sim de coisas que por ventura eu venha a conhecer, no meu tempo... Ta aí: Elza Soares - Vivo Feliz, que apareceu na minha vida (antes tarde do que nunca!!!) essa semana. Ufa!!

Mostra Elza no auge da sua forma e muito bem acompanhada. O álbum foi produzido por Arthur Joly (Mugomango) e contou com o reforço de um afiado time de jovens músicos. No repertório, canções que vão de Fred 04 a Zé Keti.

1. Intro ( Elza Soares )
2. Opinião ( Zé Kéti )
3. Eu Gosto Da Minha Terra ( R. Montenegro )
4. Rio De Janeiro ( Anderson Lugão / Elza Soares))
5. Volta Por Cima ( Paulo Vanzolini )
6. Somos Todos Iguais ( Elza Soares )
7. Two Tac ( Anderson Lugão )
8. Concórdia ( Nando Reis ) - Com Nando Reis
9. Computadores Fazem Arte ( Fred 04 )
10. Lata D´água ( Elza Soares )

Procurem conhecer e ouvir!!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Saliente.



Me disse quase numa outra língua:
“Apaga a luz pra eu te ver melhor!”
Jogou dinheiro na minha cara
E pediu minha língua que não fadigava,
Que o conhecia.
“Me molha, me seca.”
Minha pele arrepiada na palma de sua mão,
Era ainda assim, macia.

Palma com palma.
Suor.
Cabelos colados.
Cabelo na boca.
Olhos nos olhos.
Minha boca ensaiou gritos
E calou na dele.

Lutou por fôlego.

Já nos braços de Morfeu,
Balbuciou que me amava.
Juntei o dinheiro, coloquei de volta na carteira.
Me recompus num banho, bem longe do que eu merecia
E fui ver as crianças no outro quarto.
Tempo seco da alergia na Maria Eduarda.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Ctrl C / Ctrl V dos Dragões - O Mau Olhado

bruno diz:
e ae piá...achou a chave do bau?
Valmir diz:
nem.. morri com vintão...
Valmir diz:
$$
bruno diz:
santo deus bendito
Valmir diz:
e pior q o bau já nem vale isso, tá quebrando...
Valmir diz:
q raiva no meu corpo!
bruno diz:
coitadinho
Valmir diz:
eu sofro.
bruno diz:
é...eu vejo
Valmir diz:
vou amarrar uma fitinha vermelha no meu braço.. é mau olhado!
Valmir diz:
só pode.
bruno diz:
será valmir?
Valmir diz:
e sábado faça calor ou frio.. vou tomar um banho de cachoeira..
bruno diz:
eita!
bruno diz:
onde?
bruno diz:
ah tá!
bruno diz:
entendi...
bruno diz:
leva sal grosso tbm
Valmir diz:
nao sei.. só sei q vou.
Valmir diz:
boa.
Valmir diz:
e rosa branca.
bruno diz:
se quiser eu vou lá na sua casa lhe dar uma surra de galho de arruda!
Valmir diz:
resolve
Valmir diz:
?
bruno diz:
opa!!
Valmir diz:
então, eu quero.
bruno diz:
resolver eu nao sei se resolve, mas q vc vai ficar com uns bons vergões nas costas vai...
bruno diz:
vai parecer q foi atacado pelo freddy krueger
Valmir diz:
tudo bem, sou branquinho o contraste vai ficar bonito.
bruno diz:
entao blz...vou arrumar umas arrudas e vou levar.
bruno diz:
vou te chapuletar até te dar febre...dai vai embora tudo qto é mau olhado, macumba, mau cheiro...
Valmir diz:
tudo pra um bem maior né?
bruno diz:
logico amigo!
Valmir diz:
ainda bem q tenho v como amigo pra me ajudar nessas horas de flagelo!
bruno diz:
amar é ver o amigo feliz!
Valmir diz:
são nas horas ruins que vemos quem realmente é amigo...
Valmir diz:
rolou uma lágrima agora...to emocionado!
bruno diz:
é emocionante mesmo...a amizade verdadeira é algo q toca o coração do ser humano.
Valmir diz:
é, não é?
bruno diz:
pois é!
Valmir diz:
eu acho!
bruno diz:
eu tbm!

Ctrl C / Ctrl V dos Dragões - Bolo de de fubá cremoso

madeira. diz:
ABEMUS VALMIRUS
=)....Valmir diz:
ontem fui ai no seu condomínio.. quase gritei de lá da rua. madeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeira!!!
mas ja era tarde.
madeira. diz:
tarde seria...
2 da manhã?
=)....Valmir diz:
22h mais ou menos.
tava no Almir.
mas como nem senti cheirinho de bolo, nem de pão..
nem de nada . reprimi..
se não teria gritado mesmo.
madeira. diz:
olhaa.. a mascara caiu...
nosso relacionamento se sustenta na sua vontade de comer bolo ou pão,
eu sempre desconfiei!!
=)....Valmir diz:
srrssr
madeira. diz:
eu com febre, de novo.. precisando de cuidados, e vc, interesseiro, só pensando em pão
=)....Valmir diz:
glup!
tadinho. tá ruim ainda?
madeira. diz:
oque? o bolo? não, não tah ruim... é de fubá cremoso... mas o que tem, já acabou!
hunf

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Piada do Destino.


Um ser proibido apareceu pra Vera, na forma de um cliente no escritório da imobiliária. Na mão trazia carinhos, que sua alma ansiava desde seu rompimento com Otávio, pra tentar uma equivocada aventura com Clarice, que deu em nada. No dedo, um ornamento que serviu pra selar um compromisso num rito de passagem. Compromisso esse, que não era com ela e isso Vera acreditava ser mais uma peça pregada pelo destino, seu cruel, injusto e astuto espectador que tinha como diversão lhe armar armadilhas.
Geraldo, sob os olhos apaixonados de Vera, era o "feio arrumadinho" mais, carinhoso, atencioso, amável, gentil e querido que uma mulher poderia desejar pra ter ao lado.
Seus corpos tinham um tipo de encaixe que nunca experimentara com ninguém. Eram tantas as afinidades, carícias, volúpias e tantas conversas agradáveis, que por instantes esquecia da existência de qualquer coisa à sua volta. Sabia que poderia contar-lhe os mais íntimos flagelos e que dele viria a palavra certeira que lhe ajudaria a resolver todos os problemas. Exceto um.
Certa disso, um dia olhou demoradamente nos olhos do amante, lhe deu um beijo que mentalmente chamou de "despedida" e partiu.
Foi embora com a promessa de não mais encontra-lo, mas não da mesma forma que prometia tomar atitudes para diminuir seu peso, mas com a certeza de que se continuasse a vê-lo, estaria dando ao sarcástico destino, mais um motivo pra se divertir às suas custas...

.....*.....


Imagem de computação gráfica, (que aliás, é perfeita!) gentilmente cedida por Jader Palma. 
Obrigado, valeu mesmo!!
Abaixo, mais trabalhos do cara. Vale a pena conferir.

Morena Trufada


Ô Morena Trufada,
Não jogue em mim
esses olhos de amêndoas
Que dão fim à minha paz.
E nem pronuncie meu nome,
com essa sua boca linda
que minha cabeça perturba.
Morena. Ah, Essa boca…

Ô Morena
Pare agora com esse negócio
De flagelar meu corpo,
com sua ausência agonizante.
De atribular a minha vida
e frequentar somente
os meus sonhos nada secretos.
Morena. Ah, Meus sonhos...

Ô Morena
Que brincadeira é essa
de vir aqui pro meu lado
com essa flor de quaresmeira?
Fique longe de mim
Com todo esse seu sacolejo,
esses sabores, cheiros e cores.
Morena. Ah, Essas cores...

Flávia Carvalho, Obrigado pela gentileza em ceder a foto.
Ana Maria, você é um espetáculo!
Beijos.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Juliana Lima

Conheci essa cantora, compositora, instrumentista e arranjadora, por influência do Miuner, que a conheceu em um barzinho em Santo André. Ainda não a vi cantar pessoalmente, mas algumas músicas estão disponibilizadas no site. Baixei algumas e já me apaixonei.
Ela é formada em Musicoterapia. Influenciada pela família. Juliana Lima, desde muito cedo descobriu sua vocação, iniciou os estudos musicais (orgão popular) aos dez anos.
Logo em seguida, passou a estudar violão que se tornou seu companheiro inseparável. Suas primeiras apresentações em público foram no ginásio, onde recebeu o convite para participar de sua primeira banda.
Aos 24 anos, Juliana lima assina mais de 300 composições, algumas delas encontram-se registradas em 3 CDs, todos independentes, o primeiro "PROCURO UM AMOR" (1997), o segundo "RAIOS DE SOL" (2002), o terceiro "TUDO & MAIS" (2006), e o quarto, "O DOM", que acaba de sair, logo logo vocês terão noticias dos shows de lançamento.
Ta aí o endereço do site pra quem tiver interesse em conhecê-la também.

http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/Julianalima/

Ela está concorrendo ao Garagem do Faustão, se você gostou, dê sua nota ao vídeo, neste site:

http://domingaodofaustao.globo.com/Domingao/Garagemdofaustao/0,,16989-p-V1001744,00.html

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Ewerest


A noite fresca era um convite à caminhada. Parou defronte seu amontoado de calçados e lá de baixo de quase tudo viu umas sandálias de couro que há muito, não usava. Mentalizou-as em conjunto com a roupa que já estava e pensou: é você!
Saiu todo garboso, andando com as bonitas. Fez questão de passar do lado de um grupinho de garotas com a sensação de que iria chamar a atenção, se chamou, já não sei, mas ele estava se sentindo o “must”.
Caminhou por mais um tempo. Percebeu então, que as sandálias por vezes queriam sair voando de seus pés, pois não tinham aquelas correias atrás do calcanhar. Alguns metros adiante, seus pés já estavam ficando doloridos e estava mais cansado que o normal, pois estava com dificuldades para manter as danadas presas aos pés e não vê-las ficando pra trás ou sumindo lá adiante. Sem falar no solado duro!
Tinha caminhado um tanto bom e agora só pensava na volta. Já não tão orgulhoso das sandálias e desejando com toda força estar com um de seus tênis, nem que fosse o Reebok mó velhão. Tirou as malditas dos pés, porque já estava andando todo torto. Sem falar que estava prevendo as bolhas que iam aparecer.
Enfiou uma mão em cada uma delas e partiu pra casa. Pelo caminho reparou o quanto as texturas de cada pedaço de asfalto e de cada calçada eram diferentes entre si. Umas tão lisinhas e outras superfícies tão grotescas e com saliências que faziam doer suas solas fininhas, tão acostumadas ao aperto sufocante dos calçados.
Quis de todo coração que algum conhecido passasse e lhe desse uma carona pra casa. Já não sabia o que era pior, descalço ou com as filhas da puta. Nessas horas não se pensa mais direito. A meta era só uma: chegar em casa.
Continuou caminhando fazendo caretas de dor, tantas que já estava repetindo algumas. Eram tantas as pedrinhas minúsculas, buracos, lixo ou qualquer outra coisa que o tato menos evoluido das solas não identificavam.
Pulava daqui, desviava dali e mentalizava qual rua seria melhor pegar, por conta do tipo de calçada que iria ter que passar.
Já estava exausto. Ficou lembrando de quando era criança e corria pelas ruas descalço. Como não doía? As ruas não tinham pedras? Os pés da gente são mais resistentes quando se é mais jovem? Seria o peso? É, não tinha mais 20 quilos e se lembrou de como havia engordando depois do casamento. "Por que isso acontece depois que a gente casa?" Pensou sobre o assunto um instante. Teria tentado solucionar esse outro mistério se a atual situação não o estivesse flagelando tanto.
Acabou fazendo um caminho mais longo devido ao tipo de lugar que preferiu passar.
Chegou em casa com um sentimento de glória e fadiga de quem chega ao pico do Ewerest.
Rita o assistiu chegar com cara de poucos amigos e sem a olhar nos olhos, isso fez com que permanecesse calada. Entendeu tudo quando viu as sandálias nas mãos. As mesmas que na ocasião da compra, o elertara do quanto seriam desconfortáveis.
Osmar foi direto tomar uma ducha e tirar a nhaca que trazia nos pés. Enquanto a água caia, pensava no quanto um sapato chega sujo da rua.
Rita foi-se rindo pra cozinha pegar um copo de Coca. Calçava suas Hawaianas amarelas com as correias enfeitadas com canutilhos e miçangas. Enquanto andava, as olhava e pensava como eram lindas e confortáveis. Voltou pro quarto e terminou de assistir Caminho das Índias.