Estava ali. Esperando o farol abrir naquele entardecer úmido e quente.
Chuvinha caindo e o calor reinando. Não sei porquê, me chamou a atenção aquela janela.
Uma realidade totalmente fora da minha e de meu cotidiano se escancarava ali na minha frente. Vidas ali dentro seguiam seus cursos alheias a quem estava na rua.
O sinal abriu e enquanto via a chuva caindo sobre o parabrisa, tentava imaginar as histórias que guardava aquela casa, como seria cada cômodo, o que escondiam as cortinas e quais mistérios guardavam cada um dos cantos da casa. A que histórias remetiam as fotos, os quadros, os móveis e cada bibelô...
Me perdi em pensamentos que me fizeram literalmente chegar em casa por instinto.
Enquanto estacionava, olhei pra minha casa e a vi como um simulacro, um cenário de particularidades, segredos, aromas, vergonhas, alegrias, solidões e tudo mais contido em qualquer outra casa, mas tudo agora, de uma forma singular.
Me toquei sobre minha curiosidade em relação à vida das outras pessoas; do valor que dou às “alheiidades” (relacionei isso ao sucesso do Big Brother) e me espantei com a multiplicidade dos acontecimentos - tudo acontecendo ao mesmo tempo e sem parar.
Claro que entrei e tranquei a porta...
Chuvinha caindo e o calor reinando. Não sei porquê, me chamou a atenção aquela janela.
Uma realidade totalmente fora da minha e de meu cotidiano se escancarava ali na minha frente. Vidas ali dentro seguiam seus cursos alheias a quem estava na rua.
O sinal abriu e enquanto via a chuva caindo sobre o parabrisa, tentava imaginar as histórias que guardava aquela casa, como seria cada cômodo, o que escondiam as cortinas e quais mistérios guardavam cada um dos cantos da casa. A que histórias remetiam as fotos, os quadros, os móveis e cada bibelô...
Me perdi em pensamentos que me fizeram literalmente chegar em casa por instinto.
Enquanto estacionava, olhei pra minha casa e a vi como um simulacro, um cenário de particularidades, segredos, aromas, vergonhas, alegrias, solidões e tudo mais contido em qualquer outra casa, mas tudo agora, de uma forma singular.
Me toquei sobre minha curiosidade em relação à vida das outras pessoas; do valor que dou às “alheiidades” (relacionei isso ao sucesso do Big Brother) e me espantei com a multiplicidade dos acontecimentos - tudo acontecendo ao mesmo tempo e sem parar.
Claro que entrei e tranquei a porta...
E as cortinas? Lógico. Fechei.
Só fui abrir mais tarde, quando um barulho no vizinho me chamou a atenção.
Só fui abrir mais tarde, quando um barulho no vizinho me chamou a atenção.
***
Foto gentilmente cedida por Gerson Rossi, ele faz fotos lindas e sempre me "salva" srsrs.
Gerson, Brigadão!
você sempre superando expectativas!belíssimo texto.bjos...
ResponderExcluirValeu esperar...
ResponderExcluir"Pela janela do carro, pela tela, pela janela, quem é ela, quem é ela..."
ResponderExcluirE não é que são das janelas abertas que nos deixamos um pouco de nós para observar o quanto de nós também há além das cortinas...
Enfim, consegui comentar...
Um mundo de janelas abertas pra tu, libriano