Um prato de comida, um banho relaxante e berço. Isso era tudo que minha carcaça empoeirada, faminta e desprovida de forças, mas ainda com vida, precisava depois da seção de fotos na rave que rolou nesse domingo aqui
O sol ajudou (ajudou?). Nossa! Filtro fator 50 pra não voltar um peru da empreitada. Muita água pra hidratar e de vez em quando, uma fuga pra debaixo das mangueiras, que era o refúgio pra quem queria descansar nos braços de Morfeu ou apenas fugir do solão que fritava os corpinhos saltitantes, jovens, doces, coloridos e alguns alheios e entorpecidos. (Meu reino pra ser capaz de enxergar o que eles estavam vendo.)
Drads, tatuagens, excentricidades e peculiaridades mil ilustravam uma concentração de indivíduos tão diferentes e contraditoriamente tão iguais na busca pela individualidade visual. Nunca a música "Na Massa" do Arnaldo Antunes fez tanto sentido pra mim.
Um tum-tum constante com infindas nuances de sons hipnotizantes não deixava ninguém parado, mesmo lá debaixo das mangueiras, onde originalmente se ia pra descansar, pelo menos o pezinho ficava chacoalhando no ritmo das batidas.
Pra sede tinha cerveja, água e refri. Pra dar energia tinha açaí. Pra divertir tinha guloseimas infantis e pra matar a fome, não tinha nada. Eu pelo menos, não. Meu bolinho do Walmart não passou na revista e ficou na portaria. Tentamos argumentar em vão uma devolução com o segurança e até prometemos amaldiçoa-lo em nossas orações, contudo saímos com fome.
Na volta pra casa viemos ouvindo samba-rock, porque a diversidade cultural faz bem pro coração.
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