domingo, 18 de outubro de 2009

Sobre plumas sintéticas.


Diz que você ainda estava aqui.

E eu pegava na sua mão e andávamos pelas calçadas.

E me olhava daquele jeito repressor que me educava.

E eu era feliz por saber que você me esperava.

E o seu “sim” me dava força pra ir e seu “se” me confundia.

Diz que eu não tinha nada que me impedisse de te seguir.

Diz que os dias começavam porque você acordava

e terminavam porque você adormecia.

Diz que um dia o dia nasceria de novo.

Diz que eu era feliz.

Diz que você vivia

e eu também.

*****

Foto sem comentários do Gerson Rossi .


2 comentários:

  1. Grande, Valmir.

    "Diz" nos remete à uma suposição. Suponho, portanto, que vocês tenham sido felizes, apesar da dúvida lascada em que o poema deixa a minha razão desconfiada.
    Muito legal o seu texto.
    Um abração,
    alaor ignácio

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