segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A Caminho do Céu II

Madrugada fria de sábado pra domingo. Últimas captações de imagens para o curta A Caminho do Céu de Bia Lelles, no sítio da família do Hunfrey.

Uma vaca mocha, malhada, mascando chicletes, nos da as “boas vindas”, sentada/deitada (sei lá) debaixo da figueira, logo após o mata-burro e pouco antes da milionésima oitava porteira.
A noite sem nuvens, porém muito escura, pediu uma fogueira pra iluminar e esquentar os corpinhos desprovidos de agasalho.
Jimmy Handrix e Janis Joplin criaram um ambiente descontraído.
Uma lua gigante subiu em meio às jabuticabeiras, mas ainda não conseguia iluminar o encerado estendido no pasto, ao redor do qual, tudo acontecia.
Aviso aos navegantes: Nunca compre velas de 1,99!!
Ter que tirar os pavios e colocar outros melhores. Acredite, é serviço de preso.
Enfim, a rotina foi essa:
Coca cola, guaraná, banana, pão com presunto e queijo...
Cata gravetos aqui, joga na fogueira.
Pisa no cocô de vaca.
Regaça a perna no capim.
Janis Joplin...
Da-lhe rolinhos no cabelo da Karen.
Fotos.
Gravetos, galhos ... tudo pra fogueira.
Banana.
Monta grua. Monta equipamento de iluminação.
“Tem uma luz branca lá...que que é aquilo?” olha o Hunfrey querendo fazer medo no povo!!
Galhos secos de jabuticabeira...pro fogo!
Jimmy Handrix
Velas. A saga continua. Tira pavio que não presta, coloca novo... É meu filho, era um monte... num tinha fim !!!
Coca cola.
Alimentar fogueira. Dessa vez, achamos uma árvore inteira.
Vamos brincar de jogar o Cabelo no fogo?
Regaça mais a perna em qualquer coisa que não dá pra ver porque ta escuro.
Pisa em mais cocô de vaca.

Vamo lá? gravando!

Muda a atmosfera. Muda ambiente.
A fogueira se vê minguando, minguando até virar um pontinho vermelho no meio do breu.
O frio aumenta, as emoções também.
Marcondelli captando as nuances.
Dor em uns, ansiedade em outros.
Tudo acontecendo e Rafa de costas, contempla o canavial...
Valquiria vira claqueteira.
Sangue de Eloisa com biscoito vira paixão nacional.
Chupa cabra vira “Chupa Cana.”
Amarra Karen. Cobre, descobre. Cobre, descobre.
Pausa para um pips. Não! Para! Mesmo no meio do mato elas vão em duas!!! Que mistério é esse?
Hunfrey com tatoo em interpretação que dá “rupeio”
Cobre Karen, descobre. Cobre.
Cadê o martelo? Cadê o fone de ouvido do Macaco?
Cobre, descobre.
Som de baile funk lá loooonge.
Bia. Não sei se tensa, contente, cansada... Ou num turbilhão de sensações, incorporada em uma coisa só: Diretora.

Fim das filmagens da madrugada. O desejo de quase todos é um banho quente, um copinho de leite com chocolate e cama. Devido ao cansaço muitos ficaram só com a cama mesmo e o resto que se phoda!
No caminho de volta, a vaca mocha com seu chicletes interminável ainda estava lá... mas descobriu-se na verdade, que depois que passamos saiu voando, "linda", com suas asas de borboleta, sem os membros, pois não os tinha e exibindo sua barriga “malhada”.

Foto "gentilmente roubada" de Patricia Fernandes. E nem to com vergonha porque consegui carregar!! rsrs

4 comentários:

  1. ===

    Valmir, quanta imaginação no transcurso das palavras! Senti-me por lá. Claro, evitando ao máximo as caquinhas da vaquinha... (rs)

    Bom vir aqui e respirar a proximidade das coisas simples da vida! Quanta riqueza nelas!

    Abraço(s), caríssimo!

    ===

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  2. Nem vou falar nada! Ficou muito bom! Até vou gentilmente roubar este texto para colocá-lo no meu blog também! Tem gente que quando escreve arrasa!
    Abraços, cara!

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  3. Tá havendo uma secessão de "gentis furtos" nesse poste.. srsrs
    Vai rolar B.O.??

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  4. Po show de bola Valmmir esse texto, realmente deve ter sido assim, não pude participar dos últimos dias, senti falta disso, mas torço para que venha o próximo projeto...
    Sou fã dos seus texto... !! abraços!

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