quarta-feira, 8 de julho de 2009

À la Paulo Gaudêncio.

“Felicidade é chupar jabuticaba no pé.”
Felicidade também é fazer um brinde à amizade com um delicioso vinho com amigos e esse brinde ser a coisa mais verdadeira do mundo.
Brincar com seu cachorro e deixar ele morder a babar na sua mão toda.
Saber que você faz a diferença no trabalho.
Que a coisa anda porque você faz bem a sua parte.
Comer o “melhor pastel da cidade” com molhinho de pimenta e vinagrete na feira, domingo de manhã.
Se matar de rir no msn com um amigo, num horário que você não poderia estar teclando de jeito nenhum.
Ver uma cena de filme e pensar: Que lindo! Como nunca pensei nisso antes?
E se debulhar em choro compulsivo.
Sentir arder o nariz quando alguém diz que está morrendo de saudade de você e perceber que o que você mais queria nessa hora, era lhe dar um abraço de estralar costelas.
Colinho de mãe, mesmo depois de adulto. Aliás, tem um sabor todo especial...
Cerveja gelada que desce redondo, independentemente da marca, na mesinha amarela de lata, numa tarde quente, onde você deseja com toda força estar no litoral.
Estar no litoral.
Reconciliação. Quando você ainda está morrendo de ódio, mas querer estar perto é mais forte.
Beijo na boca, com alguém que beija de uma forma que as bocas se encaixam e há um sincronismo que não tem como explicar. Só beijando...
Olhar pra trás e pensar: Valeu a pena!
Sair de um show, com zumbido no ouvido, rouco e com dor nas pernas.
Receber aquela ligação.
Andar de mãos dadas.
Nadar.
Assoprar dente de leão ao vento.
Cantar mesmo que no “seu inglês”, com xampu na mão e um moicano feito de espuma na cabeça.
Dançar na frente do espelho.
Esse estado de espírito não dá pra ter toda hora,
Mas ter a capacidade de desfruta-lo com toda intensidade que ele merece,
Já é meio caminho andado pra ter um dia bom.
E se conseguirmos, a pesar de tudo: da correria, do caos, e do estresse ao qual somos submetidos todos os dias
E da força com que tudo conspira pra nos deixar mal,
Percebermos, que dádiva incrível e inimaginável é estarmos vivos
E como somos seres de sorte por isso.
Pois dentre tantas outras centenas e milhares de possibilidades
de em nosso lugar estar outra pessoa... mas não.
Quem está aqui sou eu, é você, somos nós.
Se compreendermos isso e que não precisamos de muito mais do que temos.
Já seremos pessoas melhores e quiçá: “felizes”.

Foto gentilmente cedida por Anuska Nardelli.
Já acompanho seu trabalho há algum tempo e tô sempre namorando suas fotos pra usar aqui no meu blog.
Brigadão Anuska!


Segue aí, um pouco mais dela: http://www.anuskanardelli.com/

3 comentários:

  1. .... pois é, são a essas minúcias, que tão poucos dedicam atenção por conta de seus preciosos tempos contados, que necessitamos direcionar a nossa percepção para, realmente, viver.

    Um grande abraço, Valmir. Embora pareça clichezão esse seu texto, como você mesmo disse, ainda tenho a impressão de que será mote para a escrita de muitos, visto o quanto, a cada dia, as pessoas se automatizam mais. Então, meu querido, está muito mais que válido.

    Beijos.

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  2. Sem palavras! Que viagem a momentos raros...

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