segunda-feira, 11 de julho de 2011

A Dívida.




Eu, romântico incorrigível, tinha pra mim que precisava da "bonita" mais que tudo nessa vida.
Agarrei fé no santo casamenteiro e clamei com vela acesa, joelho no chão e mãos apertadas num gesto de súplica...
No dia  em que passou a ser o primeiro dia do resto de minha vida ela usava o perfume que me enfeitiçava, o esmalte clarinho que amo e pra ferrar com tudo passou com a amiga cantarolando a canção que logo iria se tornar a “nossa música”.
Me endividei com o santo, mas nem precisava. Depois soube que  ela, travessa que é, fez tudo de propósito: o encontro, a fita no cabelo, a tatuagem à mostra e o sorriso de canto só na hora que eu já quase não o percebia ao passar por mim.
Sacanagem ! É natural que iria ficar doente de amor. 
É, mas agora to endividado com o santo à toa né?
Tudo bem que ela tá na minha  há 2 anos, sete meses e oito dias, mas é o mesmo tempo que este viciado que vos dirige a palavra tá  sem tomar Coca Cola.  
Mas ta acabando. Três anos voa...
Tá, é mentira! 

*  ***  *** ***  *  *** *** ***  *

Foto delicadamente surrupiada de Nathalie Gingold  

Um comentário:

  1. Simples, mas tocante! Descobri o seu blog por acaso, gostei e pretendo passar o crachá por aqui sempre.
    Parabéns pela clareza e transparência.
    Beijão

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