“Será?”
Era tudo que conseguia pensar naquele instante. Olhava o sorriso emocionado do homem que a tinha como centro do universo e imaginou como seria sua trajetória nessa terra a partir de então. Pensou no quanto ele a amava e no quanto ela seria “feliz”.
Sua espinha estremeceu quando olhou pra seus pais e para os pais do homem que sabia, seria o que amaria eternamente.
Todas as indagações estavam saltitando, pulsando, vibrando e explodindo ali na sua frente. Não tinha todas as respostas e só o que via era o sorriso lindo do homem pelo qual seria capaz de tudo.
A incerteza de um futuro ao lado dele a amedrontava. Estariam preparados?
E a rotina, a convivência diária? O que aconteceria?
Olhou pra igreja, pros convidados, padrinhos e por fim pra imagem de Sto. Antônio no altar.
Sorriu pro homem da sua vida. Soltou-lhe as mão. Lhe deu um beijo caloroso que fez os convidados vibrarem e fazer a cabeça de Otávio girar.
Arrancou os sapatos jogou pro lado. E gritou sorrindo e aliviada:
“Não!”
Correu pelo corredor em direção à porta esvoaçando o vestido sob os olhares aflitos de todos. Quase lá fora se voltou pro noivo, retirou os cabelos do rosto e gritou novamente:
“Vem amor! E vamos pra festa gente. Ninguém precisa disso não.”
****** **** ******
Fotinha da Flávia Carvalho http://flaviadicarvalho.wordpress.com/
===
ResponderExcluirHá quanto tempo não voltava aqui!...
Lendo o post, imediatamente me subiu à lembrança as palavras soltas de Clarice Lispector, quando dizia que pra ela liberdade era pouco, "o que eu quero não tem nome!".
Penso que liberdade é pouco para o que a noiva queria dizer. Obviamente são coisas que todos os que amam de fato saberão explicar...
===
Todos os relacionamentos deveriam ser assim...sem laços de obrigaçao...fazer e ser por simplesmente querer...td mundo seria mais feliz e ninguem sofreria calado...caindo na mesmice.
ResponderExcluir