Eu, romântico incorrigível, tinha pra mim que precisava da "bonita" mais que tudo nessa vida.
Agarrei fé no santo casamenteiro e clamei com vela acesa, joelho no chão e mãos apertadas num gesto de súplica...
No dia em que passou a ser o primeiro dia do resto de minha vida ela usava o perfume que me enfeitiçava, o esmalte clarinho que amo e pra ferrar com tudo passou com a amiga cantarolando a canção que logo iria se tornar a “nossa música”.
Me endividei com o santo, mas nem precisava. Depois soube que ela, travessa que é, fez tudo de propósito: o encontro, a fita no cabelo, a tatuagem à mostra e o sorriso de canto só na hora que eu já quase não o percebia ao passar por mim.
Sacanagem ! É natural que iria ficar doente de amor.
É, mas agora to endividado com o santo à toa né?
Tudo bem que ela tá na minha há 2 anos, sete meses e oito dias, mas é o mesmo tempo que este viciado que vos dirige a palavra tá sem tomar Coca Cola.
Mas ta acabando. Três anos voa...
Tá, é mentira!