segunda-feira, 11 de julho de 2011

A Dívida.




Eu, romântico incorrigível, tinha pra mim que precisava da "bonita" mais que tudo nessa vida.
Agarrei fé no santo casamenteiro e clamei com vela acesa, joelho no chão e mãos apertadas num gesto de súplica...
No dia  em que passou a ser o primeiro dia do resto de minha vida ela usava o perfume que me enfeitiçava, o esmalte clarinho que amo e pra ferrar com tudo passou com a amiga cantarolando a canção que logo iria se tornar a “nossa música”.
Me endividei com o santo, mas nem precisava. Depois soube que  ela, travessa que é, fez tudo de propósito: o encontro, a fita no cabelo, a tatuagem à mostra e o sorriso de canto só na hora que eu já quase não o percebia ao passar por mim.
Sacanagem ! É natural que iria ficar doente de amor. 
É, mas agora to endividado com o santo à toa né?
Tudo bem que ela tá na minha  há 2 anos, sete meses e oito dias, mas é o mesmo tempo que este viciado que vos dirige a palavra tá  sem tomar Coca Cola.  
Mas ta acabando. Três anos voa...
Tá, é mentira! 

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Foto delicadamente surrupiada de Nathalie Gingold  

Proteção



Seu leite com chocolate já ta no microondas.
Levanta. O dia grita por nós e esse chamado a gente não pode ignorar. É um sina. Tem um infinito azul esperando por nós depois deste cobertor vermelho.
Eu sei... Eu sei que o mundo é uma tempestade eterna e encará-la da medo...
Mas toma minha mão. Não é muita coisa, mas eu aperto forte na hora do pavor.
Se tudo estiver muito ruim, pra você sentir que não está sozinho,  lembra da canção que cantei baixinho no seu ouvido. 
Assim, vai lembrar que como uma onda que vai e vem, estarei pensando em você hora sim, hora não, mas uma coisa será constante: minha espera por sua volta.
Toma. Leva um beijo e segura nele com força quando sentir saudades. O teu já tá aqui dentro.
Agora vai.

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Foto by minha pessoa mesmo. =]